Normalmente o campeonato secundário português, a Proliga,
caracteriza-se por ser um campeonato equilibrado e com jogos muito disputados e
este ano não foge á regra. A competição apresenta equipas superiores aos anos
anteriores, apesar do decréscimo acentuado do número de estrangeiros, muitos
jogadores portugueses com vários anos de liga decidiram “abraçar” novos projectos
neste campeonato.
Apesar do referido equilíbrio e de ainda poucas jornadas
disputadas já é possível distinguir um rol de equipas mais favoritas. Do que tive oportunidade de
ver e em minha opinião a equipa mais forte é a Oliveirense, um histórico da
modalidade que desde a desistência da liga tem vindo a desenvolver um projecto
sustentado com ambição de colocar a equipa de novo no campeonato principal.
Esta estratégia tem vindo a ser desenvolvida com base em jogadores da formação que
tinham abandonado a modalidade ou andavam por outras equipas e que entretanto
foram “repescados”. A Oliveirense apresenta um grupo experiente, bem orientado
(Por Sérgio Salvador que ao longo dos anos desenvolveu um excelente trabalho no
Ginásio), muito rotinado e que presentemente exibe o melhor basquetebol da
Proliga, poderia perfeitamente ombrear com algumas equipas da LPB tal a
qualidade do seu plantel.
Num segundo patamar surgem, Maia Basket e Illiabum. Estas
duas equipas optaram por estratégias distintas, a primeira optou por recrutar
alguns jogadores com muitos anos de liga, onde surge á cabeça Nuno Marçal, um
dos grandes jogadores da sua geração e que apesar da idade ainda tem muito basket para dar. Por sua vez, a segunda
optou por jovens valores do basket
nacional e com grande margem de progressão, oriundos do Barreirense e Galitos.
Apesar do início irregular do Illiabum, acredito que numa fase mais adiantada
da época e com um melhor entrosamento poderão conseguir lutar pela subida de
divisão.
Sangalhos, Eléctrico e Guifões são equipas tradicionalmente difíceis
e que poderão dar muita luta as equipas teoricamente mais fortes. No entanto
não apresentam condições, essencialmente económicas, para almejar a disputa dos
lugares de subida.
As restantes equipas não tem grandes ambições na competição e tentarão
lutar pelos lugares de acesso ao playoffs
que sobram bem como “fugir” dos lugares de despromoção